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Todo CEO tem pontos cegos, mas os melhores sabem enxergá-los a tempo

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Mesmo os CEOs mais preparados enfrentam um desafio silencioso, mas decisivo: os blind spots — pontos cegos que não são percebidos, mas que influenciam diretamente a performance de toda a organização.

Essas falhas de percepção não são aleatórias.


Segundo o estudo “Seeing CEO Blind Spots” (McKinsey, 2025), elas evoluem conforme a maturidade da liderança, como se a jornada de um CEO fosse dividida em estações. Entender essas fases é essencial para mitigar riscos, crescer de forma sustentável e manter uma visão estratégica clara.

1. Início de mandato (Spring / Summer): O excesso de confiança

Nos primeiros meses de liderança, é comum que o CEO entre com energia, ambição e o desejo de transformar a organização rapidamente.

O estudo mostra que, nessa fase, muitos líderes:

  • Superestimam sua capacidade de mudar a cultura;
  • Subestimam o esforço necessário para mobilizar pessoas;
  • Confundem visão com execução.

É uma estação marcada pelo otimismo, mas também pelo risco de decisões aceleradas, desalinhamentos culturais e perda de apoio interno.

2. Meio de mandato (Fall): A perda gradual do senso de urgência

Ao entrar no meio do ciclo, a principal armadilha é outra: acomodação estratégica.

Segundo a McKinsey, é nesse momento que muitos CEOs:

  • deixam de renovar ambições,
  • perdem o ritmo de inovação,
  • confi am demais no que já funcionou,
  • deixam o negócio entrar em “piloto automático”.

Com isso, a visão deixa de inspirar, e o crescimento começa a estagnar.

Esse é o blind spot mais perigoso porque é silencioso: nada está dando errado… mas nada novo está sendo criado.

3. Fase final (Winter): Proteção do legado e risco de miopia estratégica

Ao se aproximar da reta final, muitos líderes começam a proteger demais o próprio legado.

Nessa estação, os riscos mais comuns são:

  • foco excessivo no curto prazo,
  • aversão a riscos,
  • dificuldade em tomar decisões impopulares,
  • resistência à sucessão.

É um período em que a clareza estratégica pode se perder facilmente, justamente quando o futuro da organização deveria ser mais bem preparado.

O que distingue os melhores CEOs?

A conclusão central da McKinsey é direta:

Os melhores CEOs não são os que erram menos, são os que enxergam seus blind spots rápido o suficiente para corrigir o rumo.

E mais: CEOs de alta performance superam seus pares em todas as etapas da jornada, não apenas no início ou no fim.
Isso significa que o diferencial não está na estação, mas na capacidade contínua de:

  • diagnosticar,
  • ajustar,
  • evoluir.

Liderança é um ciclo e requer consciência permanente

A metáfora das estações resume bem a jornada:
nenhum líder permanece eternamente no auge, mas todos podem desenvolver a capacidade de reconhecer onde estão, e o que precisam ajustar.

Liderança não é um título, e sim um exercício constante de:

  • consciência,
  • autodiagnóstico,
  • autodesenvolvimento.

A pergunta final é:
Em qual estação você está e quais blind spots ainda não enxergou?

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