“A paternidade virou uma chave. Me fez entender na prática que a carreira não é uma linha de chegada, mas uma jornada com pausas, retomadas e novos sentidos.”
É assim que Marcelo Peixoto, sócio da Tailor, resume um dos maiores aprendizados que vieram com a chegada do filho.
Mais do que reorganizar agendas ou equilibrar horários, ele diz que a mudança foi de perspectiva: a carreira deixou de ser o centro, para se tornar parte de um contexto mais amplo, que precisa estar em harmonia com a vida pessoal para ter sentido.
Do escritório para casa – e de casa para o escritório
Com a paternidade, Marcelo se tornou mais seletivo com seu tempo, mais objetivo nas decisões e mais empático com as pessoas ao redor.
No trabalho, passou a se perguntar: “O que eu quero que meu filho veja quando olha para o meu trabalho?”
Essa nova lente também mudou sua forma de liderar. “Com o Alex, aprendi que escutar de verdade vale mais do que responder rápido.”
Na Tailor, isso se transformou em um espaço mais aberto, menos reativo e mais colaborativo, onde constância e presença importam mais que intensidade ou respostas imediatas.
Por que líderes precisam falar sobre paternidade
Marcelo defende que paternidade não é um “extra” na vida de um executivo, e sim parte fundamental da construção de uma liderança saudável.
Falar sobre o assunto é, para ele, uma forma de quebrar estereótipos e mostrar que vulnerabilidade e presença não diminuem um líder, pelo contrário, o tornam mais humano e consciente.
Ele também provoca uma mudança na forma como as empresas enxergam seus talentos: “É preciso parar de premiar apenas quem está 100% disponível para o trabalho e começar a valorizar quem também está 100% presente na vida. Isso cria culturas mais sustentáveis e retém líderes mais inteiros.”
Mais do que um caso pessoal
A história de Marcelo é sobre paternidade, mas também sobre liderança, equilíbrio e propósito.
Num mercado cada vez mais acelerado, ela reforça que cuidar bem das horas em que não estamos trabalhando é uma das formas mais eficazes de estar melhor quando estamos.
Talvez, no futuro, um dos maiores legados de executivos que falam abertamente sobre paternidade seja justamente esse: inspirar outros líderes a fazerem o mesmo e contribuir para um mercado de trabalho mais humano, empático e verdadeiro.